Do fluir...

“O tempo, o clima e meu ar de contentamento estão com um gostinho todo especial, e por que não dizer único, neste dia atípico e nublado em Palmas. Descreveria este sentimento em uma palavra: aconchego. Gosto desta palavra, porque me remete a concha - abrigo, casa, carinho e dengo. Dengo me define. Sou naturalmente dengosa e adoro isso. Gosto dos dengos em todos seus aspectos, públicos e alvos..rs Seja como um beijinho na bochecha de uma criança, ao abraço apertado e acolhedor no colo do pai ou ao olhar solícito e revelador de dois irmãos que compreendem o universo do outro com um simples gesto.

Chego a rir de mim mesma, como conduzi estas palavras sem nenhum planejamento de pensamento, apenas fluindo no curso das letras e sentimentos. Mas o que me levou a escrever foi esta alegria doce e faceira perceptível a qualquer um, com este sorriso persistente no rosto. As maçãs mais avantajadas, o olhar mais bobo e os dentes ora e outra à mostra...

Não. Não estou apaixonada.

Penso até que felicidade não está relacionada a acontecimentos externos, é uma afirmação íntima e pessoal ligada ao propósito existencial entre você e Deus. No entanto, entre tantas contradições da vida, tenho de concordar que alguns fatos trazem um gostinho de realização todo especial. Feliz é aquele que consegue perceber e degustar desses significativos prazeres cotidianos que dão o toque e o sabor ao todo, como a cereja do bolo. =)

Posso dizer que nesta última semana degustei de várias cerejas. Numa noite quente de terça-feira, Deus falou comigo de uma maneira surpreendente. Voltei no tempo e relembrei momentos marcantes e transformadores que vivi, senti sua cura em vários deles que trouxeram dores profundas. Não me arrisco em tentar definir o que senti. Mas a cena que vem em minha mente é de um olhar entre seu pai e sua filha de encontro e complacência em um gesto único e tão cheio de amor, capaz de romper a linha do tempo e eternizar o momento por toda a existência.

Meu sorriso também surge, ao ver a alegria do meu irmão mais novo. Todo serelepe, se encontrando na cidade nova, fazendo novos amigos, transformando sua rotina e comemorando o novo trabalho, depois de um tempo difícil e triste.

No meio de uma semana cheia de muito trabalho, desafios e percalços, ontem me surpreendi”....

...

Escrevi este texto numa manhã de domingo, no dia 18 dezembro de 2011 e sinceramente, não me lembro do que me surpreendi no dia anterior! haha! Só me recordo que fui interrompida com a ligação da minha irmã me chamando para o almoço, em família, na casa do meu co-cunhado. Talvez, caberia mais um parágrafo descrevendo a alegria de viver esse momento e tê-los por perto.
Um novo ano melhor pra todos nós. Cheio de pequenas alegrias e saborosas degustações.=P

Comentários

  1. Agora entendi o título.. penso que o sentido é bem amplo. As palavras nao fluiram sozinhas, pois com elas vinham seus explicitos sentimentos. Vc escreve bem demais, afinal, e estando bem consigo mesma entao!? só pode dar nisso!

    Agora fica uma curiosidade.
    Vc diz "só me redordo que fui interrompida..."
    Pra nao lembrar assim vc so poderia estar nas nuvens hehe sensacao unica! A curiosidade é saber o que houve. O quê, hein?! diz pra mim? ;)

    Ps: seria primeira mao se nao tivesse divulgado la no face.. como vim so agora, muitos curiosos ja passaram por aqui rsrs divulgacao proposital, ne? =)

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