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Mostrando postagens de julho, 2009

Contentamento.

Ela se depara alegre. Uma alegria temerosa. Imagina-se num belo e vasto campo... De braços abertos, olhos fechados, abraça o vento que entrelaça seus cabelos[como se pedisse passagem para saciá-la com a brisa do prazer]. Respira o agrado da vida, o presente, a benção. Pensa que talvez precise desculpar-se com alguém... Estaria traindo sua tão companheira dor? Sua costumeira tristeza? Teme não ser verdade. Uma incerteza diferente, e doce.

Querer.

Quero sentir-me protegida, escondida, acolhida em ti. Quero ser criança. Quero acreditar. Quero depender. Quero te amar naturalmente, tal qual um recém nascido se apega a sua genitora profunda e soluçadamente. Quero chorar e espernear em sua ausência, na esperança de logo estar nos teus braços envoltos de afagos e cuidados. Quero...Sejas meu genitor, meu amor, sejas meu.

Do ser..

"De repente as coisas não precisam mais fazer sentido. Satisfaço-me em ser. Tu és? Tenho certeza que sim. O não sentido das coisas me faz ter um sorriso de complacência. De certo tudo deve estar sendo o que é." [Clarice Lispector, Um sopro de vida.]